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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

As Novas Tecnologias

"Será que as novas tecnologias vão ser uma ferramenta, a par de outras, para ensinar e aprender?"

Sem dúvida! E serão ferramentas com importância crescente. Mas importa esclarecer aqui um aspecto em que a minha visão diverge da habitual. A opinião comum é que essas ferramentas serão usadas principalmente nas escolas. A minha visão é que serão usadas maioritariamente em casa e em centros de recursos publicamente disponíveis (centros estes que evoluirão a partir das bibliotecas públicas). Esta minha opinião baseia-se em três razões principais. Primeiro, as escolas não têm condições financeiras para manterem um grande parque de equipamento que se torna obsoleto todos os dois ou três anos, nem para adquirirem um número significativo de licenças de títulos didácticos, sempre em renovação. Segundo, o ritmo de evolução das tecnologias torna incomportável em termos financeiros, e insustentável em termos profissionais, uma formação e reciclagem permanente dos professores "para as tecnologias". Terceiro, as empresas produtoras de suportes e serviços didácticos só conseguem encontrar viabilidade económica para uma prestação de qualidade se se dirigirem ao mercado alargado do grande consumo. Já actualmente, o mercado doméstico de equipamentos e produtos de software é incomparavelmente mais visível do que o mercado das escolas.
Não quero dizer com isto que as escolas não explorarão as novas tecnologias. Nada disso! O que pretendo dizer é que o farão de forma muito mais moderada do que seria de esperar, em torno de centros de recursos - esses sim, bem equipados, com um conjunto variado de títulos didácticos, e com uma indispensável ligação às redes electrónicas. Em contrapartida, duvido em absoluto da viabilidade (e justificação) dos cenários, ainda muito defendidos, de escolas com um terminal para cada aluno e com redes internas por todo o lado.
Feito este esclarecimento, devo insistir em que o papel que prevejo para as novas tecnologias nas escolas, embora confinado aos tais centros de recursos, será de importância crucial. Para que se mantenha integrada na realidade que a circunda, a escola tem que estar familiarizada com o recurso a ferramentas informáticas, e tem que saber integrar essa familiaridade na acção educativa normal. Tem, por outro lado, que saber marcar a sua presença no ciberespaço, facultando aos alunos uma familiarização no acesso, não só a vastos repositórios de dados, mas também às multiplas oportunidades de interacção social. A grande importância pedagógica do acesso a ciberespeaços é que aí os alunos podem aprender FAZENDO coisas, em vez de aprenderem OUVINDO dizer como é que as coisas devem ser feitas. Podem, assim, colaborar com outras pessoas, trocar todos os tipos de ficheiros, e, acima de tudo, aprender a construir o seu saber num processo cumulativo de ajuda mútua e de percepção partilhada de problemas e necessidades.

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